Congresso

As grandes novidades do XXXVIII Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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26.03.2015

Inovação. Esta é a ideia básica que está orientando os esforços da Comissão Cientifica do CBO na elaboração da programação científica do XXXVIII Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que será realizado em Florianópolis (SC) de 02 a 05 de setembro.

“Será um congresso como nenhum outro. Novas formas para a apresentação do conteúdo científico que encorajam a participação dos congressistas e o esforço para obter a racionalização e o equilíbrio dos pontos a serem abordados são preocupações constantes da comissão, que encontram eco bastante favorável na diretoria do CBO e nos presidentes do congresso”, declarou o coordenador da Comissão Científica, Wallace Chamon.

A lista das mudanças, de acordo com Chamon, começa com a criação do Curso Fundamentos da Oftalmologia (veja matéria ao lado); que possibilitou a racionalização da programação ao separar matérias que exigiam grande espaço na grade nos dois dias de pré-congresso.

O coordenador também ressalta que a solenidade de abertura do evento será diferente de todos os outros congressos brasileiros. Haverá breve cerimônia, entrega dos diplomas correspondentes aos prêmios dos melhores trabalhos apresentados no congresso e, como ponto alto, conferência do consultor de energia da Singularity University, Jose Luis Cordeiro, sobre as pesquisas desenvolvidas na instituição sobre evolução dos computadores e a possibilidade, real, das máquinas superarem a capacidade do cérebro humano a curto prazo.

A Singularity University é uma sociedade anônima ligada à NASA (National Aeronautics and Space Administration) sediada no Vale do Silício, Califórnia (EUA) que desenvolve programas educacionais, parcerias inovadoras e pesquisas em inteligência artificial, robótica, biotecnologia, nanotecnologia, computação, medicina e neurociência. Já Jose Luis Cordeiro é pesquisador latino-americano que desenvolve estudos nas áreas de mudanças tecnológicas, globalização, integração econômica, desenvolvimento, energia, educação e política monetária. Expressa-se em vários idiomas, entre os quais o português.

Novas formas de apresentação

 

As chamadas aulas formais, nas quais há palestrantes separados da plateia vão representar apenas 16% da programação do congresso: 18 sessões que equivalem a 36 horas/aula. Já os painéis, que se revelaram experiência vitoriosa na qual seis especialistas discutem determinados assuntos baseados em casos clínicos, ocuparão 55% do tempo da programação científica do evento, com 62 sessões e 132 horas/aula. Os cursos de instrução, outra marca registrada dos congressos do CBO, ocuparão 6% da programação, com 7 sessões e 14 horas/aula.

“Os presidentes do congresso aceitaram o desafio de inovar muito. Criamos seis diferentes maneiras de transmissão do conhecimento na qual tentamos obter a interação entre palestrantes e plateia. Para isto até a arquitetura das salas será adaptada. Essas novas modalidades serão cuidadosamente acompanhadas para posterior avaliação e aprimoramento ou, caso se revelem contraproducentes, abandonadas”, afirmou Chamon.

O coordenador da Comissão Científica do CBO lista as novas modalidades de transmissão de conhecimento que marcarão o congresso de Florianópolis: 1) Entrevistas; 2) Roda Viva; 3) Debates; 4) Simulação; 5) Tribuna ou Ágora e 6) Apresentação Especial (Tipo TED).

Nas seis sessões de Entrevista (12 horas); não haverá apresentação de slides ou power point e nelas o entrevistador fará perguntas por uma hora a três especialistas, com a participação dos congressistas presentes. Já nas sessões chamadas de Roda Viva, dois entrevistados responderão as indagações de quatro entrevistadores, sempre com a participação de todos os presentes às sessões.

“As sessões de Debates serão inspiradas nos debates televisionados entre os candidatos a cargos eletivos, mas que em vez de política abordarão questões médico-oftalmológicas. Haverá um moderador e três “candidatos” que responderão perguntas do moderador, da plateia e dos outros candidatos”, explicou Chamon.

Nas sessões de Simulação, pacientes fictícios vão responder a perguntas de duas equipes de médicos, encarregados de realizarem a anamnese. Cada equipe não terá conhecimento do trabalho da outra e dará o diagnóstico e fará considerações sobre o que obteve da avaliação clínica do “paciente”. A palavra final será dada pelo moderador da sessão. A Tribuna ou Ágora, se constituirá de duas sessões de meia hora cada onde quatro especialistas vão ser chamados para defenderem seus respectivos pontos de vista sobre determinado assunto. A tribuna vai estar aberta para quem quiser participar. Serão duas tribunas diferentes: glaucoma e catarata e a ideia é realiza-las em espaço aberto, provavelmente na área dos pôsteres.

As Apresentações Especiais, do tipo TED (tecnologia, entretenimento e design – veja site www.ted.com); serão sessões inseridas nas aulas formais nas quais pessoas, não necessariamente médicos oftalmologistas, contarão histórias sobre linhas de pesquisa, aprendizado e outros assuntos, que as fizeram mudar para que a plateia possa refletir. Tais sessões não têm objetivo de transmitir informações técnicas, mas sim de desenvolver o pensamento.

“Estamos apostando na inovação, concluiu o coordenador da Comissão Científica do CBO, Wallace Chamon.

 


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